sábado, 25 de fevereiro de 2017

NOVA TROCA DE PELE


nenhuma idade
todas as idades,
esse sou pós os 27, 
aos dígitos do rock
do aqui e agora,
das rotas que ora se abrem
nessa nova troca de pele
 
o homem por mim construído
aposta na fé em si próprio,
nas frutas frescas, 
no leite,
no simples, 
no que posso fazer
com a flauta, 
com o violão, com a gaita,
a com a pã, com a voz,
com as letras
trazidas dos neurônios 
desse hoje
 
morri e não morri,
rasguei o ombro 
sobre duas rodas,
lembro do triciclo 
de peter tosh,
das aureolas de fogo
usadas pelos encantadores 
de leões
 
voltando a guitarra,
aos berros, ao microfone,
aos giros da blake rimbaud,
com cicatrizes físicas
que posso chamar de tatuagens,
portais do que não podia
ainda ver
 
( edu planchêz )

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