um poema enorme automático
revira-se nos meandros
do que não penso porque pensar
é roer o rádio de antenas
que se espalha
nas cavernas das meias verdades
que excluo do meu reino
de sabias alucinações
que excluo do meu reino
de sabias alucinações
você que não compreende
o que falo,
fique sem compreender
porque vou continuar falando,
arrotando as linhas que
se espalham
fique sem compreender
porque vou continuar falando,
arrotando as linhas que
se espalham
e constróem cidades
nos lares das formigas
que imagino
nos lares das formigas
que imagino
e eu apenas escrevo
com um rolo
com um rolo
de papel imaginário
pendurado por fios
nos arames do teclado
pendurado por fios
nos arames do teclado
e eu não sei o que digo,
e o que digo
e o que digo
não precisa nada dizer
prometo continuar escrevendo
pelas próximas horas sem sono
esse sem fim poema
pelas próximas horas sem sono
esse sem fim poema
( edu planchêz )
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