segunda-feira, 20 de março de 2017

a música de minha dama de safiras


na reta da fonte
onde mastigo o que escrevo,
e o que escrevo é o que escrevo,
não sei explicar o que não se explica

morder a boca, a boca da minha boca
que é a sua boca
mãe de todas as bocas

minha dama é princesa,
a escrita em mim escavada,
branca poça, ardor maior,
multiplicada está nos metais
do que faço 
para nunca perder a música,
a música de minha dama 
de safiras

( edu planchêz )

Nenhum comentário:

Postar um comentário